Estudo aponta que mais de 50 milhões de bactérias copulam-se na cavidade oral, aumentando doenças cardíacas

Especialista Virgílio Bastos explica a relação entre a saúde bucal e as doenças cardiovasculares

29/05/2024 às 11h47
Por: Henrique Souza
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Reprodução: Freepik
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A saúde bucal e as doenças cardíacas estão mais interligadas do que se imagina. A periodontite, uma doença inflamatória das gengivas, tem sido identificada como um fator de risco para doenças cardíacas, podendo agravar condições como a aterosclerose, que é o acúmulo de placas de gordura nas artérias. A inflamação crônica na boca pode desencadear processos inflamatórios no sistema cardiovascular, aumentando o risco de ataques cardíacos e derrames.

Um estudo realizado pelo Instituto do Coração (Incor) divulgado pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) revela que aproximadamente 45% das enfermidades cardíacas têm origem em problemas bucais. A pesquisa também destacou que 36% dos óbitos por questões cardíacas estão diretamente relacionados a complicações da saúde bucal.

Segundo dados do estudo, cerca de 50 bilhões de bactérias, distribuídas em pelo menos 700 tipos diferentes, habitam a cavidade oral. O número de casos de doenças cardíacas relacionadas à saúde bucal tem aumentado significativamente nos últimos anos, refletindo a importância de cuidar não apenas do coração, mas também da boca.

Dr. Virgílio Bastos, médico dentista e especialista em endodontia, fala que além da escovação regular e do uso do fio dental, visitas periódicas ao dentista são essenciais para detectar precocemente problemas bucais: “Mantendo uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e pobre em açúcares e gorduras saturadas também contribui para a saúde bucal e cardiovascular”, comenta o dentista. 

Diante desse cenário, o dentista Virgílio Bastos afirma que a conscientização sobre a importância da saúde bucal como parte integrante da saúde geral é crucial: ”cuidar dos dentes e gengivas não é apenas uma questão estética, mas sim um investimento na qualidade de vida e na prevenção de doenças graves” destaca Dr. Virgílio. 

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