Feriados são a época do ano mais perigosa para bebês e crianças

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria casos de acidentes aumentam em 25% em comparação a outros períodos do ano

28/05/2024 às 12h27
Por: F Pimenta
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Divulgação
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Com o feriado de Corpus Christi se aproximando muitas famílias se organizam para pegar a estrada ou o avião para viajar e curtir com os filhos. Porém, é também nesse período que a atenção e os cuidados com a crianças precisam estar redobrados, porque de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é nesse período do ano que os casos de acidentes aumentam em 25%.

De acordo com o Ministério da Saúde, os acidentes representam a principal causa de morte entre crianças e adolescentes de um a 14 anos de idade. Mais de 3.300 meninas e meninos morrem por esse motivo e cerca de 110 mil são internados em estado grave por ano. Os principais acidentes são: afogamento, sufocamento, intoxicação, queda, queimaduras e cortes.

Segundo a enfermeira pediátrica especialista em prevenção de acidentes com bebês e criança, Juliana Muniz, supervisionar o bebê e a criança é a solução na hora de viajar: “Não é proibir ou tolher a criatividade e espontaneidade das crianças, mas estar perto vendo o que ela está fazendo. Caso você precise se ausentar, peça que outro adulto fique responsável pela criança até você voltar, afirma a especialista em segurança de crianças na 1ª infância.

Cuidados com o transporte da viagem

Dependendo da localização geográfica da viagem, a atenção com o meio de transporte também é uma questão que os pais precisam verificar e organizar antes da viagem. O Departamento de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças de qualquer idade viagem de avião num assento individual, acomodadas da mesma maneira como nas viagens de automóvel.

Porém, esta não é a realidade, nem no Brasil e nem nos EUA. No Brasil, as companhias aéreas exigem manter a criança no colo do responsável, com assento na vertical e uso de cinto de segurança, durante a decolagem e pouso. Crianças com idade acima dos 2 anos devem ocupar um assento individual.

Quando a viagem for de carro é preciso considerar a experiência e preparo do motorista e do carro para fazer uma viagem com um bebê ou criança. Eles devem ser sempre transportados utilizando os dispositivos de transporte adequados para cada idade. Segundo a enfermeira pediátrica Juliana Muniz, é preciso seguir as regras e manter um diálogo ativo com as crianças: “Use apenas dispositivos certificados pelo Inmetro, instale-os corretamente, seguindo a orientação do fabricante e converse com a sua criança, pois conforme ela cresce, já não quer mais usar o cinto. Sempre explique que é para sua segurança, ela vai compreender e lhe ajudar”, orienta a enfermeira especialista em prevenção de acidentes.

Dicas práticas da enfermeira pediátrica Juliana Muniz para transporte de bebês e crianças em carros:

Juliana Muniz, enfermeira pediátrica especialista em prevenção de acidentes com bebês e crianças

  • Bebê até 1 ano de idade ou aproximadamente 13kg: bebê conforto na posição de costas para o motorista, com inclinação até 45o;

  • Crianças de 1 a 4 anos: cadeirinhas viradas para a frente, na posição vertical;

  • Crianças acima de 4 anos: assento de elevação até que atinjam 1,45m de altura;

  • Crianças até 10 anos: banco de trás com cinto de segurança.

Dicas práticas da enfermeira pediátrica Juliana Muniz para transporte de bebês e crianças em aviões:

  • Cobertor ou roupa de frio: para proteger o bebê e as crianças do frio e do ar-condicionado; 

  • Uma troca de roupa completa e fraldas e lenços umedecidos (para os bebês): mas nunca troque a criança no assento. Por menor que seja o banheiro, é lá que devem ocorrer as trocas;

  • Leve saquinho de lixo: para descartar a fralda antes de jogá-la no lixo. Se todo responsável fizer isso, a limpeza, organização e odor seriam preservados. Use também saquinho para jogar os próprios lixos;

  • Brinquedos que não façam barulho, como livros e bichos de pelúcia, conjunto de pintura, joguinhos de cartas.

  • Papinhas, mamadeira para água e/ou leite e alimentos leves;

  • Medicamentos simples, como remédios para cólica e dor de ouvido. 

 

 

 

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