O processo de quimioterapia: explorando o tratamento contra o câncer de Kate Middleton

Após anunciar seu diagnóstico de câncer, a princesa de Gales revelou que está em quimioterapia. Especialistas destacam a importância da informação correta para diagnóstico e tratamento eficientes.

23/03/2024 às 22h11
Por: Editor - Super Life IG
Compartilhe:
A princesa Kate Middleton em imagem do vídeo em que revelou estar com câncer REPRODUÇÃO/INSTAGRAM @THEWALESCHILDREN
A princesa Kate Middleton em imagem do vídeo em que revelou estar com câncer REPRODUÇÃO/INSTAGRAM @THEWALESCHILDREN

Recentemente a princesa de Gales, Kate Middleton (42) anunciou através de um vídeo oficial que está com câncer. Durante o comunicado, a princesa explicou ainda que já está realizando sessões de quimioterapia. 

No início deste ano, Kate passou por uma cirurgia no abdome, sem detalhes sobre o motivo que levou à necessidade do procedimento. "Eu precisei de tempo para me recuperar da minha cirurgia e começar o tratamento", disse no vídeo publicado nas redes sociais. 

"Em janeiro, eu passei por uma grande cirurgia abdominal e na ocasião pensou-se que minha condição não era de câncer. A cirurgia foi bem-sucedida, no entanto exames após a operação mostraram que havia câncer. Minha equipe médica aconselhou que eu me submetesse a uma quimioterapia preventiva, e agora estou nos estágios iniciais desse tratamento", contou.

O que é quimioterapia? 

O tratamento quimioterápico consiste basicamente na utilização de medicamentos que tem por missão  eliminar as células cancerosas e impedir que elas se espalhem e se multipliquem no organismo.

De acordo com Mariana Laloni, oncologista e Diretora Médica Técnica da Oncoclínicas,  dentre as diversas finalidades de indicação da quimioterapia, o especialista irá avaliar o tipo do tumor, tamanho, localização, se existem ou não metástases, idade do paciente, estado geral de saúde, medicamentos em uso e histórico. Depois de obter todas as respostas, o tratamento adequado será indicado ao paciente, podendo ou não ser adotadas estratégias combinadas a outras alternativas terapêuticas.

Entre as finalidades do uso deste tipo de medicação, estão:

  • Quimioterapia curativa: na tentativa de curar o câncer completamente;
  • Quimioterapia neoadjuvante: feita antes ou associada a outros tratamentos, para deixá-los ainda mais eficazes. Aqui, o objetivo da quimioterapia é “encolher” o tumor para potencializar o efeito da radioterapia ou da cirurgia;
  • Quimioterapia adjuvante: feita após a cirurgia ou a radioterapia, como forma de evitar a recidiva (retorno) do câncer; e
  • Quimioterapia paliativa: Se a cura não for possível, a quimioterapia pode ser realizada para o alívio dos sintomas do câncer.

A médica lembra que os avanços científicos no combate ao câncer garantem atualmente um vasto leque de possibilidades para os pacientes oncológicos, que serão definidas a partir de avaliações do perfil da doença de cada indivíduo, de forma cada vez mais personalizada. “Precisamos lembrar que existe um arsenal de estratégias médicas possíveis, a maioria delas muito avançadas e com altas taxas de cura. Cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e terapias alvo são alguns dos pilares de tratamento que mudaram o panorama de uma doença que, no passado, já foi tão temida”, comenta.

Falta de informação e tabus podem prejudicar diagnóstico e tratamento do câncer

Para Mariana Laloni,  mesmo com os avanços e casos de cura, ainda existe um grande desafio em desmistificar o diagnóstico de câncer e tratamentos para a doença. "Temos a obrigação de informar corretamente e preservar a individualidade dos pacientes, sejam pessoas públicas ou indivíduos comuns. Médicos, profissionais de saúde, jornalistas e pacientes devem entender que informar com precisão  é uma prestação de serviço e significa cuidado", comenta. 

A oncologista acrescenta ainda que casos como esse, podem gerar ainda mais desinformação e tabus quando não abordados da maneira correta. “Isso expõe pessoas públicas e demais pacientes, que acabam passando por um sofrimento desnecessário. E em nada contribui para a informação adequada e correta que pode salvar vidas”, enfatiza.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários