IFFAR se manifesta confirma fraude de Matteus Amaral

A informação veio à tona através do colunista Gabriel Perline, da revista Contigo!

14/06/2024 às 12h18 Atualizada em 14/06/2024 às 18h00
Por: Editor - Super Life IG
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Matteus Amaral - Foto: Ellen Soares
Matteus Amaral - Foto: Ellen Soares

O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR) revelou que o ex-BBB Matteus Amaral cometeu fraude no vestibular em 2014, ingressando na universidade pelo sistema de cotas raciais. Ele se autodeclarou preto, o que lhe garantiu uma vaga no curso de Engenharia Agrícola.

Em uma nota enviada à revista Contigo!, a instituição confirmou que Matteus utilizou esse método, já que, conforme a Lei de Cotas de 2012, o único documento necessário para comprovar a etnia era a autodeclaração do aluno, sem mecanismos de verificação disponíveis.

A instituição destacou ainda que a única forma de revisar a fraude seria através de uma denúncia, o que não ocorreu enquanto Matteus era aluno.

Matteus, que foi vice-campeão do BBB 24, cursou até o quinto semestre, mas abandonou os estudos para cuidar de sua avó doente.

"Em 2014 o estudante Matteus Amaral Vargas ingressou no curso de bacharelado em Engenharia Agrícola oferecido em conjunto com a Unipampa. A inscrição dele foi feita nas vagas destinadas a candidatos pretos/pardos. Essas informações constam no Edital no 046/2014, que é público e traz o resultado da seleção desse curso naquele ano. Esse curso, oferecido em conjunto com a Unipampa, não é mais ofertado pelo IFFar desde 2021. O Matteus Amaral Vargas também não é mais estudante do IFFar.

Em relação ao ingresso pelas cotas, é importantíssimo ficar claro que, naquela época, de acordo com a Lei de Cotas de 2012, o único documento exigido para a inscrição nas cotas era a autodeclaração do candidato. Assim como em outras instituições federais de ensino, não havia mecanismo de verificação ou comprovação da declaração do candidato. Os editais, contudo, continham a informação de que, 'a constatação de qualquer tipo de fraude na realização do processo sujeita o candidato à perda da vaga e às penalidades da Lei, em qualquer época, mesmo após a matrícula'.

Não havendo nenhum mecanismo específico de verificação de autodeclaração implantado, possíveis fraudes eram apuradas apenas se houvesse denúncia. Ou seja, alguém deveria fazer uma denúncia formal na Ouvidoria da instituição. Nesse caso, a questão poderia ser investigada internamente, por meio de um processo administrativo normal, que assegurasse ampla defesa de todas as partes. Nenhuma denúncia desse tipo foi feita na época.

Também é fundamental esclarecer que a política nacional de cotas foi sendo aperfeiçoada com o tempo, principalmente em razão de denúncias de possíveis fraudes terem surgido em várias instituições, várias delas recebendo ampla cobertura midiática. Um dos mecanismos implantados é a heteroidentificação, adotada pelo IFFar desde as seleções realizadas em 2022 para ingresso em 2023. Atualmente, cada campus do IFFar possui uma comissão composta por três pessoas titulares e duas suplentes que atua em todos os processos de seleção dos estudantes."

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